segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Velho

A cada ano vamos ficando mais velhinhos. Eu pelo menos noto isso. Noto porque as brincadeiras que antes achávamos maravilhosas vão terminando para nunca mais começarem. Não acho que isso aconteça porque deixemos de lhes achar piada, penso que é mais porque deixamos de ter paciência para as realizarmos.
Os mais velhos costumam dizer que as memórias ficam para sempre e eu começo a concordar...na verdade lembro-me de alguns momentos bastante cómicos da minha vida que já se passaram há uns anos. Recordo com agrado que algumas das pessoas que estiveram nesses momentos ainda continuam na minha vida, alguns mais perto e outros mais distantes. Os outros, embora não me importasse de os ter por cá, não fazem falta.
E aqueles momentos em que nos esquecemos de tudo isto e brincamos como crianças sem um adulto por perto? São os melhores de todos e uma das boas razões de viver. São momentos em que nos esquecemos de toda a pressão de um mundo à nossa volta, em que nos libertamos e em que mostramos do que realmente somos feitos! Eu gosto desses momentos, gosto da liberdade inerente a eles e espero continuar a vivê-los por mais raros que eles sejam.

2 comentários:

Raquel Santos Silva disse...

Acho que é o nosso lado de criança... Apesar de crescermos, há sempre uma parte de nós que permanece ligada à infância, e à adolescência, e nos traz saudades de viver esses tempos. Ainda que não os voltemos a repetir, recordamo-los... :D

Quanto ao teu comentário, a verdade é que não conheço todos os filmes da série Bond, mas dos que já vi gostei bastante da nova faceta representada por Daniel Craig. Não é que seja um Bond moderno... as qualidades de sempre estão lá, mas a personagem adapta-se aos desafios actuais. Continua a haver acção, as perseguições frívolas e os homicídios habituais, mas este Bond é mais do que apenas isso - também é um homem, com sentimentos. E penso que isso foi um aspecto muito positivo na aposta em Daniel Craig para o papel.
Quanto ao Sean Connery ser o melhor... é provável, porque é um grande actor e foi o primeiro Bond, logo a imagem da personagem estará ligada a si para sempre!

de Sousa disse...

Embora eu não tenha estado presente em todos os anos aos quais te referes, vivi uma parte deles contigo e compreendo o que dizes. Não creio que seja mau deixarmos de brincar da mesma maneira... parte do crescer é aprender a brincar de outras formas. Sabe sempre bem, tal como mesmo tu dizes, voltar a sentir que somos inocentes crianças descendo a rua empoleirados em caixotes do lixo (lol :D), mas sabe muito melhor quando percebemos que somos capazes de brincar de formas mais adultas. Significa que crescemos. Significa que aprendemos mais sobre o mundo, sobre a vida e sobre nós mesmos. Significa que estamos mais conscientes e atentos ao que nos rodeia. Mas disto podes ter a certeza: Embora o crescimento nos roube a inocência, nunca poderá roubar o espírito de ser criança, a menos que o deixemos fazê-lo.